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A mostrar mensagens de outubro, 2021

Vila de Avô

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      Miradouro da Vila de  Avô  construído no mês de Janeiro de 1959. As minhas Citações  improvisadas nas Varandas de Avô.  Das varandas de Avô vê-se acentuar um desfiladeiro com hortejos e o rio Alva serpeante, correndo por contínuos meandros…         As varandas de avô proporcionam uma vista sobre uma extensa área coberta de porte arbóreo onde se destaca na sua envolvência, e que adquire uma variação de tons singular, consoante as estações do ano, em contraste com o verde constante da vegetação que a rodeia. Forasteiro madrugador a uma varanda alinhada com a graça da exibição de uma paisagem do primeiro espreguiçar da doce manhã. Dos terraços romanos, escondidos harmoniosamente ao longo de seculos de onde poucos viram o que se abria aos seus pés. As serras vão dando vez a um vale onde predomina o deleite dos olhos: Aldeia que todavia brilhou de brancura, e a luminosidade do apanágio Beirão. Chaminés superlativam es...

Casal de abade

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  Casal de abade         A primeira referência de Casal de abade remonta do seculo XVIII com um conjunto de propriedades demasiado imprecisa de um oriundo do local com interesses económicos, ou eclesiástico que ali residia em comunidade,   tendo em sua posse os bens de um   abadiado,   à semelhança de tantos outros administradores   que afora os   bens que   se   encontravam   distribuídos pelo Moesteiro de S. Pedro de Folques a   outros   núcleos patrimoniais. Poderia também ser um   “Regedor do Moesteiro de Folques”, que chamavam abade. Exemplos bens que se encontravam distribuídos pelo Moesteiro de S. Pedro de Folques:     - A 23 de Outubro de 1544, nas “Crastas e Cabido”, o referido feitor Tomé Curado emprazará, em nome do Mosteiro, certas casas, em Vila Cova do Alva, a Inês Sebastiães, filha de Sebastião Pires.   D. Luís Carneiro, “Regedor do Moesteiro de Folques”, uniu-se formal...
  Propriedades vendidas em hasta pública (1835) foram compradas por famílias abastadas que detinham o poder da aquisição das terras e animais de trabalho.     (retirado da Biblioteca de familia )   As propriedades dos condes bispos de Arganil que estavam divididas em grandes quintas, compradas por gente abastada, que permitiam o desenvolvimento dos seus terrenos arroteando aos mais pobres, sem terras, o cultivo e preparação de parcelas em troca de um quinhão das colheitas. Quase todos os camponeses arrendatários sabiam tosquiar, fiar, cardar, tecer e pisoar.   As actuais vilas e aldeias da serra do Açor pertenciam aos Bisos Condes de Arganil.     Parte integrante do processo cíclico da agricultura, a fertilização realizava-se como estrume dos animais e com os rebanhos que faziam transumância entre as serras e as regiões onde houvesse pasto fresco.       O termo de Lourosa foi terra de agricultores, de lenhadores...

Lourosa

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       Pecamos com tudo o que podemos dizer quando não é possível recorrer a qualquer descrição de ligação histórica ou filológica explicativa credivel.        «Lourosa foi doada à Sé de Coimbra pela rainha D. Teresa, a 13 de Março de 1119,» -sem qualquer detalhe sobre os seus limites… D. Afonso Henriques a 2 de Novembro de 1132, coutou Lourosa englobando metade do foro para Sé de Coimbra, que pertencia a Pedro Usureis, e metade para o reino. Nas Inquirições de 1258, refere-se que a Ordem do Hospital possui uma herdade em Lourosa.   A 6 de Fevereiro de 1347, em Coja, o bispo de Coimbra concedeu-lhe o primeiro foral a Lourosa. O foral posterior manuelino, foi passado a 12 de Setembro de 1514 Foi comenda da Ordem de Cristo, tendo o concelho sido abolido em 6 de Novembro de 1836, integrando-se a sua própria freguesia no concelho de Avô até à extinção deste em 24 de Outubro de 1855.»         O pelourinho quinhent...

Cónego Aguiar Barreiros

    Cónego Aguiar Barreiros         O Cónego Aguiar Barreiros, ao debruçar-se sobre a igreja moçárabe de S. Pedro de Lourosa, encontrou-se perante um dos exemplos mais importantes de uma necrópole rupestre portuguesa, com a possibilidade de estabelecer relação com uma estrutura arquitectónica bem datada. No entanto, mas apenas lhe dedicou escassas linhas do seu trabalho monográfico com um discurso que nos deixa algumas dúvidas interpretativas. Ao considerar que o templo de Lourosa se erguia no espaço de um “cemitério bárbaro”.       Aguiar Barreiros considerou a necrópole de Lourosa como anterior ao templo que tinha sido sagrado em 912, conforme garante uma epígrafe de sagração aparecida aquando dos restauros da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Que não existia anteriormente, e não prova nada.       A sua classificação de “cemitério bárbaro” parece indicar que Aguiar Barreiros se inc...

COROGRAFIA Portugueza

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    Corografia portuguesa - Tomo II de D. João Padre António Carvalho da Costa em 1753   Capitulo XXI V f.380  - Villa de Lourosa   Da Villa de LouroSa. NO BiSpado de Coimbra, dez legoas da Cidade da Guarda para o Poente eStà fituada aVilla de Louroía , aflim chamada dos muitos louros, de que he abundante: tem 600. vifinhos cÕ huma Igreja Parroquial da invocaçaõ de S.Pedro,Vigayraria da Mitra , Sc Comenda de Chrifto ; foy fabrica dos Mouros, Sc he Templo fum* ptuofo de tres naves. Tem mais eftas Ermidas , N. Senhora da ESeperança, o Efpirito Santo, & S. Antonio. He fértil de trigo, vinho, azeite, frutas, gado, & caça. Aííifte ao feu governo civil hum Iuiz ordinário, dous Vereadores, hum Procurador do Concelho , Elcrivaõ da Camera, outro dos Orfaõs, dous Tabelliaens, hum Alcayde, &huma Companhia da Ordenança fogeita ao Governador de AU meyda. O íèu termo tem 'eftes lugares', Cabeçada com huma ErmUdade N. Senhora da Efperança, Caiai de Abbade com outra...

Mocárabes

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        Comunidades Moçárabes       «As comunidades moçárabes mantiveram alguns templos visigóticos que eram mais antigos que a ocupação árabe para a prática de seus ritos religiosos.» Como regra no tempo medieval as capelas fora das fortificações instalavam-se afastadas dos grandes centros urbanos ou populacionais.      Moçárabes, «cristãos ibéricos que sempre ali viveram em tempos em que o território pertencia aos muçulmanos, seus antepassados no período do século XII, que adoptaram alguns costumes árabes sem se converter ao Islão, no entanto, de progressão lenta e gradual uma nova geração a multiplicar-se. Moçárabes foram reconhecidos e abandonados pela igreja, que retirou o proveito de terminar com um antigo poder secular.        As histórias moçárabes pelo meu ponto de vista religioso perderam-se com o choque ideológico de diferentes facetas: a ortodoxia urbana exacerbada contra a proliferação de ...

Comunidade Moçárabes de Coimbra

    Moçárabes          As moçárabes beirãs são mencionadas em Coimbra, Lorvão, Vacariça, Anadia, Lafões, mas sem referências em comunidades mais pequenas. Os exemplares da arte moçárabe em Portugal não são muito significativos, restringindo-se sobretudo a elementos decorativos e arquitectónicos fragmentários.      O termo moçárabe é derivado de um particípio árabe, « must’arab ou mustarib, que significa ‘submetido aos árabes, arabizado’ como afirma   Maria Luísa Seabra Marques de Azevedo: - Populações continuaram entre nós, numa frutuosa coexistência, muito depois de 1249 (conquista do Algarve) ou de 1496 (édito de expulsão dos judeus de Portugal).      Os moçárabes surgem na base desta decisão, permanecendo como cristãos em conjunto com a cultura árabe permanecendo na Península.      Moçárabe Sesnando Davides ou Sisnando Davidiz ou Sisnando Davídez de Coimbra (1091) figura que no...

Vila de Laurosa

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  Vila de Lourosa            Os estudos arqueológicos efectuados em Lourosa, no local onde hoje se situa a igreja terá sido local de culto do período romano, nomeadamente um templo dedicado a Júpiter, de acordo com uma ara votiva encontrada, cujas pedras e colunas terão sido em parte aproveitadas para a construção desta igreja. Provavelmente terá sido povoada desde tempos remotos, do início da Idade do Ferro.   A opinião dos arqueólogos quanto aos povoados existentes da Alta Idade Média, seriam quase todos fortificados ou sítios monumentalizados. Não existe uma cartografia medieval que apresente com pormenor as povoações do concelho de Oliveira do Hospital.     A etimologia Lourosa pode ter a explicação do seu nome de outrora, "Laurosa", deriva do termo latino românico "laurus" e, cujo significado, é precisamente louro; loureiro. Sem que possa provar, possivelmente, o nome é um topónimo do local ser uma zona de abund...