Casal de abade

 Casal de abade


       A primeira referência de Casal de abade remonta do seculo XVIII com um conjunto de propriedades demasiado imprecisa de um oriundo do local com interesses económicos, ou eclesiástico que ali residia em comunidade,  tendo em sua posse os bens de um  abadiado,  à semelhança de tantos outros administradores  que afora os  bens que  se  encontravam  distribuídos pelo Moesteiro de S. Pedro de Folques a  outros  núcleos patrimoniais. Poderia também ser um  “Regedor do Moesteiro de Folques”, que chamavam abade.

Exemplos bens que se encontravam distribuídos pelo Moesteiro de S. Pedro de Folques: 

 - A 23 de Outubro de 1544, nas “Crastas e Cabido”, o referido feitor Tomé Curado emprazará, em nome do Mosteiro, certas casas, em Vila Cova do Alva, a Inês Sebastiães, filha de Sebastião Pires.

 D. Luís Carneiro, “Regedor do Moesteiro de Folques”, uniu-se formalmente à Congregação dos Cónegos Regulares de Santa Cruz de Coimbra, vindo parte das suas rendas a ser aplicadas ao Colégio de Santo Agostinho de Coimbra em 1595.

 O Mosteiro de Folques, Casa Regrante de Folques,   era habitado em  1668, por um prior e seis cónegos regulares, comunidade monástica relativamente pequena.


Abade latino Abbas, abbatis, que significa “pai” é um     Título honorífico eclesiástico de      Superior de uma abadia, de um mosteiro, ou um        Superior religioso de um território onde exerce poderes e estatuto episcopal de bispo auxiliar monge com mais de 25 anos, de nascimento legítimo e pertencesse à respectiva Ordem pode ser eleito abade. 

 As lendas são sempre muito atraentes quando envolvem algum mistério. Explicam-se em breves linhas:

     O casal de um Abade que ainda existia no final do seculo XIX com as paredes arruinadas… rodeado de terras arroteadas para cultivo de trigo, milho e linho; ubérrimas hortas, tanques com água para regas e um pomar de árvore de frutos. A tradição diz que um abade fez o testamento das suas terras aos seus rendeiros.

     A verdadeira história de Casal do Abade ficou no esquecimento, provavelmente soterrada ou segredada entre os muros que dividiam as courelas.

 Os Casais pertencentes aos Abades, referidos no seculo XVIII, eram casas luxuosas com paredes decoradas. As suas propriedades estavam divididas em courelas com dízimo pago por camponeses. Os abades utilizavam os seus casais para se albergarem durante as caçadas.   Os Abades fieis aos sentimentos de magnanimidade a dominar a sua vontade, queriam que tudo quanto tivessem de oferecer fosse revestido da maior perfeição, talvez para não serem atingido pelos comentários levianamente depois da sua morte, desassossegando a sua alma.

     O Casal do Abade, pertencente à freguesia de Lourosa, Oliveira de Hospital era propriedade dos condes bispos de Coimbra, mais tarde, condes de Arganil, vendidas em hasta-publica por volta de 1837, havendo outras licitações até 1911.

 


  Muitos dos leitores relacionam  o mito do escritor  António Vitorino França Borges, (10-01-1871--5-11 1915) que escreve sobre o sitio Casal do Abade pertencente a  Mafra com a aldeia de Casal de Abade, Lourosa , Oliveira de Hospital. 

 

 

 


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