Lourosa

 

     Pecamos com tudo o que podemos dizer quando não é possível recorrer a qualquer descrição de ligação histórica ou filológica explicativa credivel.






      «Lourosa foi doada à Sé de Coimbra pela rainha D. Teresa, a 13 de Março de 1119,» -sem qualquer detalhe sobre os seus limites… D. Afonso Henriques a 2 de Novembro de 1132, coutou Lourosa englobando metade do foro para Sé de Coimbra, que pertencia a Pedro Usureis, e metade para o reino.

Nas Inquirições de 1258, refere-se que a Ordem do Hospital possui uma herdade em Lourosa.

 A 6 de Fevereiro de 1347, em Coja, o bispo de Coimbra concedeu-lhe o primeiro foral a Lourosa. O foral posterior manuelino, foi passado a 12 de Setembro de 1514

Foi comenda da Ordem de Cristo, tendo o concelho sido abolido em 6 de Novembro de 1836, integrando-se a sua própria freguesia no concelho de Avô até à extinção deste em 24 de Outubro de 1855.»

       O pelourinho quinhentista situado na praça da aldeia, junto às «Casas dos Fundos contém seis janelas de batente rectilíneas. Sem sobrado. Paredes em adiantado estado de ruína e telhado de duas águas descoberto. O imóvel funcionou como cadeia e aquartelamento no piso inferior, e uma pequena escadaria de acesso ao interior.

      A Casa da Câmara do Conselho era semelhante á do conselho de Midões. O juiz ordinário – juiz eleito anualmente pelo povo, que, incumbia a aplicação da Justiça na área jurisdicional, tinha domicílio num dos estabelecimentos das casas dos fundos, onde presidia as sessões da câmara municipal. O cargo do juiz Ordinário, eleito pelo povo, por um período de três anos, foi extinto por decreto de 27 de Junho de 1867, tendo as suas competências atribuídas aos juízes de direito.

      O pelourinho quinhentista fora instalado no período do foral novo é de 12 de Setembro de 1514, «constituído por uma «estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de dois degraus, de onde evolui base boleada e pequeno plinto em forma de octógono, onde assenta uma coluna com fuste octogonal e capitel da mesma forma. O remate é piramidal, rematado por florão.» Enquadrado no Urbano, isolado, situado numa praça, onde nos finais do seculo XVIII junto às  casas dos fundos da vila.


Em Março de 1811, em pleno período de invasão napoleónica, a pequena aldeia de Lourosa foi alvo de um violento ataque dos soldados franceses. – Segundo as Memórias Paroquiais de 8 de Maio desse mesmo ano, com a informação prestada pelo pároco local: «a igreja ficou em estado desolador, destruindo-se as imagens, quebrando-se as pedras de ara e arruinando-se as capelas anexas e a jusante.»

“A capela dedicada a São Martinho, desaparecida “ existia jusante à cabeceira da capela”. A capela Nossa Senhora da Piedade, que segundo consta numa inscrição da capela, é  instituída em 1677 por Simão Tavares e Susana de Bárquia.   

 Reforma judicial de 21/03/1835 determinou uma nova divisão judiciária do Reino. Midões torna-se sede de um julgado abrangendo 18 concelhos: Ázere, Bobadela, Candosa, Casal, Ervedal, Lagares, Lagos da Beira, Percelada, Lourosa, Midões, Nogueira do Cravo, Oliveira do Hospital, Oliveirinha, Sanguinheda, Seixo do Ervedal, Semide, Tábua e Vila Pouca da Beira

 Os devotos que frequentavam a igreja antes do virar do seculo XIX, diziam que o seu interior era bastante espaçoso e, que não possuía coro. O altar-mor, todo trabalhado em talha dourada. Estavam inseridos nichos nas paredes laterais, salientes no exterior. Que chamavam capelas.

os filhos e  os netos dos primeiros prorietários dos terrenos  adquiridos após da extinão das ordens religiosas deixaram-nos algumas informacões: 

Antiga casa da Câmara, tribunal e cadeia (Casas dos Fundos) Janelas de sacada com verga cornejada e guardas em ferro  ao  abandono (...)  é  vendida após da républica  em estado lastimoso, sem telhado e  paredes  desmoronadas.

     A Fonte Velha (romana) fonte de mergulho, ou de chafurdo, prova a presença de uma planta de uma casa romana que perdurou possivelmente depois da reconquista cristã. O local foi escolhido no seculo XIX para construir o solar senhorial dos Tristãos, deixando vão da fonte púbica, que mais tarde, a falta de higiene foi substituída por um chafariz, chamado «fonte Nova.»

 

 

 



 

 

 

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