Puta
puta
Puta,
era uma deusa menor da agricultura, que
durante as festividades da primavera, no início de cada ciclo de vida agrícola,
presidia não só ao amanhar da terra, à poda das árvores, mas também ao poder de
julgar, de ordenar, de representar, em suma, de manifestar o desejo de
abundância.
O culto à deusa Puta ocupa esse espaço
deixado pelas Bacanais. Durante estas festividades à deusa Puta, exercidos
principalmente por mulheres jovens, faziam de conta que podavam (putare[16]) ao
mesmo tempo que empunhando ramos de oliveira dançavam em êxtase em
arrebatamentos sagrados entregando-se aos prazeres carnais em honra da deusa.
Por fim, acreditavam que os filhos nascidos destes ocasionais encontros eram os
filhos da Puta que, porventura, teriam um futuro brilhante.
As
Bacanais, rituais destinados inicialmente somente a mulheres, cedo se tornaram
tão populares em Roma que as festividades descambaram em desordem social. As
mulheres dionisíacas de cabelos desgrenhados entrelaçados com serpentes ou com
uma grinalda de hera, durante o culto a Baco, bebiam, dançavam aumentando o
contacto físico e o desejo sexual associado à folia.
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